Humans Everywhere
When? quarta-feira, 26 de agosto de 2009
A vida não é um milagre.
Nem um feliz acaso.
É somente tão difícil para nós, pobres humanos, entendermos que o universo não deve existir há apenas 14 bilhões de anos;
Que tempo é algo completamente irrelevante para o que não tem vida...
E que se havia a mínima, minúscula, praticamente nula chance de um big bang acontecer, o universo, sem pressa nenhuma, esperou acontecer.
Há uma grande, porém sutil, diferença entre estar vivo e viver...
Humanos vivem de alegrias e decepções - buscam as alegrias, e se decepcionam quando não encontram.
Humanos vivem do medo e de enfrentar seus medos - medo de se decepcionar, e têm esperanças de que vão encontrar a alegria alguma hora, de alguma forma, em algum lugar(e, se encontram, temem perdê-la).
Humanos são crentes descrentes - crêem no que lhes convém e não necessariamente no que é verdade.
São dois lados da mesma moeda: quem acredita em si mesmo, não vê esperança na humanidade, e quem acha que esta tem salvação, acredita em algo além dele próprio (se a moeda ficar em pé, como há uma remota, mas existente, chance, é porque não se acredita em nenhum dos dois - e provavelmente é um suicida).
Humanos vivem em sociedade, mas esperam algo em troca sempre que fazem um sacrifício por algo ou alguém. Aqueles que agem diferente, são logo taxados de imaturos e sonhadores.
Humanos descobrem desde cedo a honestidade, e como é mais fácil e lucrativo ignorá-la.
Humanos se estressam com as tarefas que eles mesmos criam, buscando desenvolvimento e sustento, e vão atrás, nos fins de semana, de praias, florestas e montanhas, onde possam encontrar a natureza que eles mesmos destróem, a natureza que eles mesmos têm abandonado, e que sempre os acolhe com ternura e expurga o stress cotidiânico.
Humanos chegaram à Lua, enviaram suas luzes engraçadas a Marte... É bom. Quando este planeta não tiver mais nada a oferecer, simplesmente pulamos pro próximo, como uma praga de gafanhotos indo de uma plantação à outra.
Humanos sentem dor, temem a dor, mas causam aos outros...
Humanos sentem fome, temem a fome, e acham uma pena aquelas crianças morrendo na África, que aparecem no jornal e nos livros de geografia. Uma pena.
Poucos amam, muitos odeiam... todos sabem como amar é bom, e como odiar é ruim...
Pense mais...
E se liberte.
Rach was here. -
23:09